O medicamento canadense para a COVID-19 falha
O Ministério da Saúde adverte que pode não ser eficaz.
O Canadá já tem uma cura doméstica para a COVID-19 em seu arsenal, mas ninguém se apressou em usá-la. A razão era que ainda não havia provas suficientes de eficácia. Agora há resultados de testes, mas eles não inspiram otimismo.
O medicamento bamlainivimab foi desenvolvido pela AbCellera, uma empresa canadense sediada em Vancouver. A Health Canada advertiu que o medicamento pode não ser eficaz porque o bamlainivimab não trata todas as variantes do vírus. Especificamente, mostrou menor eficácia contra as linhagens da África do Sul (B.1.351), Brasil (P.1), Califórnia (B.1.427/B.1.429) e Nova Iorque (B.1.526).
O Bamlanivimab é um medicamento à base de anticorpos. Ela imita a capacidade do sistema imunológico de combater o vírus e é administrada por via intravenosa. Segundo a Health Canada, o medicamento pode prevenir o agravamento dos sintomas e reduzir as hospitalizações em pacientes de alto risco infectados pela COVID-19.
Segundo a AbCellera, mais de 400.000 pacientes foram tratados com bamlainivimab em mais de 20 países. E das 26.000 doses distribuídas às províncias canadenses, quase nenhuma foi utilizada. O aviso do DHS sobre a possível ineficácia da droga veio depois que a Administração de Alimentos e Drogas dos EUA retirou a aprovação para o uso emergencial do bamlainivimab.
O Bamlanivimab foi o primeiro tratamento baseado em anticorpos aprovado no Canadá. Quatro outros medicamentos baseados em anticorpos estão atualmente aguardando aprovação.