Outro escândalo entre o Canadá e a China
O Canadá diz que há uma campanha de desinformação no WeChat da China visando um membro do Parlamento canadense.
Alega-se que Michael Chong foi alvo de postagens contendo “narrativas enganosas” sobre seu passado, a herança de sua família e opiniões políticas no aplicativo WeChat. Michael Chong é membro do Partido Conservador e político que ocupou cargos ministeriais no governo de Stephen Harper.
A Global Affairs Canada (GAC) disse que a China está “muito provavelmente” por trás da campanha contra Chong. Isso ocorre em meio a um escândalo que ainda está fresco na memória, envolvendo acusações de interferência da China na política canadense. O GAC disse, no entanto, que, devido à natureza da campanha contra o político, é difícil atribuir inequivocamente os “ataques” à China.
“Não é possível determinar a prova inequívoca de que a China ordenou e dirigiu a operação devido à natureza secreta de como as redes de mídia social são aproveitadas nesse tipo de campanha de informação”, disse a Global Affairs Canada.
Espera-se que a China rejeite as acusações de espalhar “informações enganosas” sobre Michael Chong.
O GAC disse que descobriu informações falsas sobre Chong ao monitorar as mídias sociais e outros recursos on-line em busca de interferência estrangeira. Eles foram divulgados por contas de notícias no WeChat. A Global Affairs Canada concluiu que os ataques foram coordenados e o volume de ataques foi anormal.
De acordo com o GAC, um terço das contas que amplificaram os ataques a Michael Chong foram contas de importantes meios de comunicação estatais ou contas possivelmente vinculadas ao estado chinês. Os demais eram anônimos e não haviam feito nenhuma postagem anteriormente sobre a política canadense.
Falando à BBC, representantes da embaixada chinesa no Canadá chamaram todas as alegações de “puramente infundadas”.
“Nunca interferimos nos assuntos internos do Canadá e não temos nenhum interesse em fazer isso”, disseram os representantes da embaixada chinesa.
O GAC prometeu que manteria discussões com representantes chineses no Canadá sobre a situação, acrescentando que “o Canadá nunca aceitará qualquer forma de interferência em nossa democracia ou assuntos internos”. No passado, o Canadá acusou a China de perseguir Michael Chong e seus parentes em Hong Kong depois que ele levantou preocupações sobre abusos dos direitos humanos na China.
Como resultado, o diplomata Zhao Wei foi expulso do Canadá em maio deste ano. Em resposta, a China ordenou a expulsão de uma diplomata canadense do Consulado de Xangai, Jennifer Lynn Lalonde.
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Michael Chong também não deixou a situação sem comentar. Em uma declaração à mídia na quarta-feira, ele chamou a campanha contra si mesmo de “outro exemplo sério do governo comunista em Pequim tentando interferir em nossa democracia atacando funcionários eleitos”. Ele também convocou mais uma vez um inquérito público sobre alegações de interferência chinesa nas eleições e assuntos internos do Canadá.
Lembre-se de que, no resultado da investigação sobre a possível interferência chinesa na política canadense, a oposição do governo Trudeau exigiu outra investigação, mas ainda não está claro se ela ocorrerá.