EUA tentam ficar de fora do escândalo Canadá-Índia

O governo Biden não tem pressa em apoiar seu vizinho do norte no conflito com a Índia. Os representantes dos EUA continuam sendo extremamente cautelosos com isso, e os especialistas acreditam que esse continuará sendo o caso. Eles atribuem isso à política externa específica dos EUA. Alegadamente, as autoridades não querem estragar suas relações com o primeiro-ministro indiano Narendra Modi para não perder aliados comerciais e diplomáticos na região do Indo-Pacífico. Essa estratégia é escolhida pelo governo dos EUA como forma de combater a ascensão da China.

As relações entre o Canadá e a Índia ficaram fortemente tensas em 18 de setembro, quando Justin Trudeau disse que havia evidências “confiáveis” de que as autoridades indianas estavam envolvidas no assassinato do separatista sikh e cidadão canadense Hardeep Singh Nijjar. Aconteceu em junho de 2023 no subúrbio de Vancouver, na Colúmbia Britânica.

Depois de alegações tão sérias, um oficial de inteligência indiano foi expulso do país. O Ministério das Relações Exteriores da Índia rejeitou indignado até mesmo a possibilidade hipotética de envolvimento indiano no assassinato de Nijjar e suspendeu a emissão de vistos para cidadãos canadenses. As autoridades também pediram ao Canadá que reduza sua presença diplomática no país.

Na quinta-feira, 21 de setembro, os centros de vistos indianos no Canadá interromperam os serviços por motivos operacionais. Jornalistas registraram uma interrupção na emissão de vistos em Toronto, Ottawa e Vancouver. Enquanto isso, Trudeau, quando perguntado diretamente se o Canadá responderia com medidas simétricas, afirmou com segurança que não. Na noite de 23 de setembro, o Canadá ainda estava aceitando novas inscrições, como de costume. Os tempos de processamento do visto para cidadãos indianos que desejam vir para o Canadá permanecem os mesmos de sempre.