Combate à pobreza: o que ajudará o Canadá?
O chefe da Comissão de Orçamento nomeou uma forma de reduzir a pobreza no país pela metade em um ano.
Está aumentando a pressão sobre o governo federal para introduzir um sistema de renda básica garantida no Canadá. O motivo foi a publicação de um relatório de Yves Giroux, chefe da Comissão Parlamentar de Orçamento do Canadá, que disse que poderia ajudar a reduzir o índice de pobreza do país em quase metade até 2022.
A renda básica garantida, ou renda básica incondicional, é um sistema que envolve pagamentos regulares pelo estado de uma certa quantia de dinheiro a cada residente do país, independentemente de sua renda, disponibilidade de trabalho e outros fatores.
O modelo de segurança de renda foi testado em Ontário em 2016, e os pagamentos melhoraram significativamente a qualidade de vida das pessoas. O pagamento médio foi de $17.000 CAD por pessoa por ano e $24.000 CAD por casal por ano.
Em 22 de fevereiro deste ano, a deputada liberal Julie Gerowicz apresentou no Parlamento o Projeto de Lei de Renda Básica Garantida, no qual ela propôs que o Ministro da Fazenda desenvolvesse uma estratégia para o pagamento de benefícios aos residentes do Canadá. Uma pandemia foi uma das principais razões pelas quais o tema estava sendo debatido mais uma vez no governo. O projeto de lei de Gerowicz enfrentou tanto o apoio quanto as críticas dos funcionários.
Quanto ao relatório de Yves Giroux, a taxa média de pobreza em todo o Canadá poderia cair 49% com a introdução de uma renda básica, mas a redução seria desigual. Por exemplo, Manitoba teria uma redução de 61,9%, enquanto Newfoundland e Labrador teriam apenas uma redução de 13,5%.
O custo total do programa, se implementado em 2021, seria de cerca de US$ 85 bilhões de CAD, subindo para US$ 93 bilhões até 2026. O primeiro-ministro canadense Justin Trudeau já disse que não tem planos de introduzir uma renda básica no país, e é provável que tais gastos elevados venham a fortalecer sua posição.
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